sábado, 3 de abril de 2010

AHE BELO MONTE - AMAZÔNIA

Neste tempo que trabalho no setor de energia, o Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte no Rio Xingu é um estudo bem antigo, acho que até mais do que UHE Santo Antonio e UHE Jirau no Rio Madeira, estes estudos fazem parte do planejamento do setor elétrico que existe na Eletrobrás há bastante tempo, porem devida a sua posição geográfica, na Amazônia, sempre foram empreendimentos de difícil aprovação, tanto das Organizações Ambientais Internacionais e Nacionais como do corpo técnico nacional, porem estamos próximo ao leilão que determinará a empresa ou consórcio de sua construção.

O que mudou então? É necessário primeiro verificar que a disponibilidade hídrica dos aproveitamentos realizados pelos estudos de inventários dos nossos rios, identificou que a construção de hidrelétricas para atender a demanda nacional, não poderia deixar os rios da Amazônia de fora, não existem mais rios com esta vazão para aproveitamentos hidrelétricos, são os últimos.

Amadurecemos com relação às questões ambientais, tanto como indivíduo, órgãos públicos e legalmente, talvez isso tenha facilitado a construção destas usinas na Amazônia, temos conhecimento que políticas severas de programas ambientais serão implementados nestes empreendimentos.

No caso do Rio Madeira os empreendimentos buscaram soluções como as turbinas bulbo que não formariam grandes reservatórios, alem de que as plantações de soja já haviam se direcionado para o Estado de Rondônia, tanto que o Estado do Amazonas havia implementado na margem esquerda do rio Madeira, um cinturão de unidades de conservação para barrar o avanço da soja.

No caso do Rio Xingu, o complicador para os projetistas e desenvolvedores da idéia era a Aldeia Indígena, o que provocou a mudança no projeto do empreendimento e me parece prevê um acordo de manutenção de vazão, muito bem definido, gostaria de deixar claro que não estou envolvido com o projeto, nem li estudos realizados, só conheço o que foi divulgado pela mídia.

Desta maneira as fronteiras Amazônicas começaram a ser rompidas por dois empreendimentos Balbina e Tucuruí, o primeiro foi um desastre, talvez por ser o primeiro, talvez por falta de estudos, alguns acreditam que não deveria nem existir. Tucuruí foi construída ainda no regime militar e foi importante do ponto de vista energético, porem as leis ambientais eram quase inexistentes, o que provocou desequilíbrios na região como a questão de doenças transmitidas por mosquitos.

Sei que AHE Belo monte é importante para o desenvolvimento energético Nacional, porem também acredito que cada vez mais não haverá empreendimentos deste porte, pois a matriz hidrica estará diminuindo.

O que vocês acham? Deixe o seu comentário....

PARA SABER + :

ELETROBRAS

http://www.eletrobras.com/elb/main.asp?ViewID=%7B46763BB8%2D3B05%2D432F%2DA206%2DC8F93CC3BA90%7D¶ms=itemID=%7BE2EF79C2%2D5599%2D4721%2DB37D%2DDE2105C8E90C%7D;&UIPartUID=%7BD90F22DB%2D05D4%2D4644%2DA8F2%2DFAD4803C8898%7D

G1

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1544232-9356,00-CONHECA+O+RIO+XINGU+ONDE+SERA+INSTALADA+A+SEGUNDA+MAIOR+HIDRELETRICA+DO+PAI.html

Um comentário:

  1. dando aula marcanti....nos ainda vamos trabalhar juntos em belo monte...escreve isso...aloha gd

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