quarta-feira, 11 de novembro de 2009

APAGÃO 2009

Trabalho no setor elétrico há 11 anos, tempo pequeno perante alguns companheiros de sala com 35 anos de dedicação integral ao setor e não é o primeiro apagão que vemos acontecer no Brasil. O setor é exemplo para vários países na questão do sistema interligado, ou seja o Brasil é ligado praticamente de norte a sul, de leste a oeste por linhas de energia que se juntam em pontos (substações) como uma grande rede e a vulnerabilidade ou a rigidez do sistema interligado se faz presente ao mesmo tempo, ou seja, ao mesmo tempo em que podemos receber energia de Minas no Rio de Janeiro, podemos receber energia de Foz do Iguaçu e os danos se forem pequenos são supridos por outro estado.

Só que foz do Iguaçu representa 20% da energia do Brasil e da onde tiramos os 20% se Foz do Iguaçu parar? Esta pergunta está na construção de UHE Santo Antonio e UHE Jirau em Rondônia? Ou na construção de AHE Belo Monte?

Será que a dependência de Foz do Iguaçu, fragiliza o sistema? Agradeço pelos comentários de vocês, deixem seu comentário....

3 comentários:

  1. Pois é meu amigo,

    Me parece que a máscara da "competência" do atual governo e do seu projeto estão caindo.
    Na gestão do FHC, este foi acusado durante aquele apagão, de não ter investido na infra-estrutura. Agora este governo diz ter investido mais em sete anos que nos últimos 123 anos (palavras do próprio Lula).

    Mesmo que a culpa seja atmosférica, episódios recentes no Brasil (enchentes de SC, MA, PI, seca no AM, RS, aumento da intensidade das chuvas, etc.), não alarmaram a atual administração federal para que tais fenômenos pudessem de alguma forma vir a interferir no sistema elétrico nacional.

    Entao me parece que o problema atual é de (in)competência gerencial e não de infraestrutura... Ou dos dois, mas vale a primeira opção. Por quê? Tradicionalmente a nossa visão de planejamento é de consertação: deixa-se ocorrer o sinistro pra depois corrigir na base da canetada.

    (Se toda vez que uma tempestade derrubar as linhas estamos ferrados. Proponho que todo o sistema seja "subterrâneo então... Ainda bem que não fazemos parte da rota dos furacões, como na costa do Golfo do México!)

    Falta de visão ou de infraestrutura!? Abraços.

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  2. Marco,

    Realmente o sistema fica vulnerável já que dependemos de Itaipu. Termelétricas perto dos centros consumidores existem, porém é uma energia mais cara do que a hidraúlica, além do mais que uma térmica por mais moderna que seja não consegue ser acionada de imediato diante de uma emergencia dessas, demora algumas horas. Com certeza solução técnica para diminuir essa vulnerabilidade existe, só tem de ter investimento.

    GD

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  3. Valeu pelos comentários de vocês, esse assunto pode ir fundo em questões que são fundamentais para o BRASIL. Capacitação e investimento.

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